domingo, 27 de julho de 2014

Israel reage a nota indigna do governo Dilma e diz que ela explica por que o Brasil é politicamente irrelevante. E está certo! Judeus brasileiros protestam contra Itamaraty

Israel reage a nota indigna do governo Dilma e diz que ela explica por que o Brasil é politicamente irrelevante. E está certo! Judeus brasileiros protestam contra Itamaraty

Nestes últimos 12 anos, o Brasil se acostumou à diplomacia de chanchada, à diplomacia circense, à diplomacia momesca. Um presidente brasileiro percorreu, por exemplo, ditaduras árabes e se abraçou a facínoras. Emprestou integral apoio a tiranos, enquanto o povo morria nas ruas. Flertou com aiatolás atômicos, negou-se a condenar homicidas em massa na ONU, apoiou e apoia protoditaduras latino-americanas. De A a Z, a política externa brasileira percorreu todos os verbetes da indignidade.
O auge da estupidez estava reservado para uma nota emitida nesta quarta. O Itamaraty publicou um verdadeiro repto contra Israel, hoje em guerra com o Hamas, e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv. Para vergonha da história, o Ministério das Relações Exteriores emitiu a seguinte nota:O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.
O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.
Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.
Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
Como já destaquei aqui, chamar de volta um embaixador é um ato hostil ao outro país. Observem que o governo do Brasil não censura, nessa nota, os ataques feitos pelo Hamas, tratando Israel como mero estado agressor.
Os israelenses reagiram com dureza e fizeram muito bem. Um país que luta contra inimigos poderosos não tem tempo para palhaçadas. Disse a chancelaria de Israel: “O comportamento do Brasil ilustra por que esse gigante econômico permanece politicamente irrelevante”. Segundo aquele governo, o nosso país escolheu “ser parte do problema em vez de integrar a solução”.
É uma reação à altura da indignidade da nota emitida pelo Brasil. Agora, Luiz Alberto Figueiredo, ministro das Relações Exteriores, tenta minimizar o mal-estar, afirmando que a discordância entre países amigos é rotina. Mas emenda: “O gesto que tinha que ser feito foi feito. O Brasil entende o direito de Israel de se defender, mas não está contente com a morte de mulheres e crianças”.
Não me diga! E quem está contente com a morte de mulheres e crianças? Se o Brasil entende o direito de Israel de se defender, deveria ter deixado isso claro na nota. Em vez disso, preferiu transformar o conflito numa luta entre o bem e o mal.
Judeus no Brasil também se manifestaram contra a estupidez. A Confederação Israelita do Brasil emitiu uma nota, que segue:
A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua indignação com a nota divulgada nesta quarta-feira pelo nosso Ministério das Relações Exteriores, na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas.
Representante da comunidade judaica brasileira, a Conib compartilha da preocupação do povo brasileiro e expressa profunda dor pelas mortes nos dois lados do conflito. Assim como o Itamaraty, esperamos um cessar-fogo imediato.
No entanto, a lamentável nota divulgada pela chancelaria exime o grupo terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual. Não há uma palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo.
Ignorar a responsabilidade do Hamas pode ser entendido como um endosso à política de escudos humanos, claramente implementada pelo grupo terrorista e que constitui num flagrante crime de guerra, previsto em leis internacionais.
Fatos inquestionáveis demonstram os inúmeros crimes cometidos pelo Hamas, como utilização de escolas da ONU para armazenar foguetes, colocação de base de lançamentos de foguetes em áreas densamente povoadas e ao lado de hospitais e mesquitas.
Também exortamos o governo brasileiro a pressionar o Hamas para que se desarme e permita a normalização do cenário político palestino. Lamentamos ainda o silêncio do Itamaraty em relação à política do Hamas de construir túneis clandestinos, em vez de canalizar recursos para investir em educação, saúde e bem-estar da população na Faixa de Gaza.
A Conib também lamenta que, com uma abordagem que poupa de críticas um grupo que oprime a população de Gaza e persegue diversas minorias, o Brasil mine sua legítima aspiração de se credenciar como mediador no complexo conflito do Oriente Médio.
Uma nota como a divulgada nesta quarta-feira só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira.
Por falar em judeus brasileiros, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a Juventude Judaica Organizada (JJO)  promovem nesta quinta-feira, 24 de julho, às 19h30, na Praça Cinquentenário de Israel,  em Higienópolis, uma manifestação em favor da paz e pelo direito de Israel de se defender.
Meus caros, política externa é coisa séria. Não pode estar entregue a prosélitos de quinta categoria; não pode ser fruto da ação de camarilhas ideológicas. Qualquer pessoa de bom senso defende o imediato cessar-fogo. Mas este tem de nascer de um entendimento entre as partes em conflito. A cada foguete, entre os milhares, que o Hamas lança contra Israel, numa prática cotidiana, o movimento terrorista investe na guerra, não na paz. E isso a delinquência da política externa brasileira não reconhece.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/israel-reage-a-nota-indigna-do-governo-dilma-e-diz-que-ela-explica-por-que-o-brasil-e-politicamente-irrelevante-e-esta-certo-judeus-brasileiros-protestam-contra-itamaraty/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+ReinaldoAzevedo+%28Reinaldo+Azevedo%29&utm_content=FaceBook

quinta-feira, 24 de julho de 2014

(Vídeo) - Islamismo é uma religião violenta por natureza. O objetivo da fé muçulmana no mundo: que os judeus se ajoelhem diante de nós, nós precisamos apagar Israel do mapa!


Um religioso muçulmano diz qual é o objetivo da fé muçulmana no mundo em discurso inflamado sobre o cessar fogo proposto para Israel e Hamas: nós não concordamos com o cessar fogo até que os judeus se ajoelhem diante de nós, nós precisamos apagar Israel do mapa!
Quem ainda afirma que o Islã é uma religião de paz, e que apenas uma minoria de muçulmanos é radical e responsável por atos terroristas, se engana: esta é uma religião de violência contra os judeus, cristãos e quaisquer outras subjetividades religiosas. Um grande perigo para o Brasil a presença desses muçulmanos...


(Vídeo) - Por que o PT, socialistas, comunistas, marxistas e esquerdopatas odeiam Israel?

Publicado em 23/07/2014

Professor desmascara a hipocrisia dos movimentos de esquerda e explica por que eles protestam contra Israel enquanto se omitem em relação ao massacre de cristãos no Oriente Médio.




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Terroristas Socialistas, Comunistas e Petistas do Hamas disparam morteiros e rompem trégua com Israel

Terroristas do Hamas disparam morteiros e rompem trégua com Israel

Saldo da operação em Gaza é de 220 palestinos e um israelense mortos
Saldo da operação em Gaza é de 220 palestinos e um israelense mortos
Militantes palestinos dispararam pelo menos três morteiros da Faixa de Gaza em direção a Israel, interrompendo um cessar-fogo humanitário de cinco horas, informaram forças de segurança israelenses.
Israel e o grupo palestino Hamas haviam concordado em interromper os combates temporariamente nesta quinta-feira (17) para permitir que moradores da Faixa de Gaza buscassem suprimentos.
O Exército israelense havia informado que responderia imediatamente caso a trégua fosse quebrada pelo Hamas.
O cessar-fogo foi solicitado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais depois de nove dias de combates que já deixaram 220 palestinos e um israelense mortos.
Israel lançou sua operação militar em 8 de julho com o objetivo declarado de interromper os ataques de foguetes palestinos contra seu território.
No entanto, a ONU diz que a maioria dos mortos em Gaza são civis. Israel acusa o Hamas de usar a população civil como escudo para esconder a sua infraestrutura militar.
A ONU diz que pelo menos 1.370 casas foram destruídas em Gaza e mais de 18 mil pessoas foram deslocadas desde o início da ofensiva.
Crianças mortas
Quatro meninos de uma mesma família estão entre os mortos por ataques israelenses na quarta-feira. Eles morreram enquanto brincavam em uma praia perto da cidade de Gaza. Testemunhas disseram que o local foi atingido duas vezes.
Militares israelenses disseram estar “investigando cuidadosamente” o incidente de “resultado trágico” e que, “com base nos resultados preliminares, o alvo deste ataque eram agentes terroristas do Hamas”.
O Exército israelense costuma atingir áreas abertas do litoral que alega serem usadas por militantes como zonas de lançamentos de foguetes.
O Hamas descreveu o ataque como um crime de guerra e pediu condenação da ONU.
A imprensa israelense informou que o Hamas apresentou uma lista de dez pré-requisitos para uma trégua de dez anos com Israel. As exigências incluiriam a flexibilização do bloqueio econômico a Gaza, o fim dos ataques israelenses ao território e a construção de um aeroporto e um porto.
O Exército de Israel diz que seu escudo antimísseis Domo de Ferro abateu 23 foguetes lançados de Gaza na quarta-feira, enquanto outros acertaram alvos sem causar vítimas.
Israel mobilizou dezenas de milhares de soldados na fronteira com Gaza em meio a especulações sobre uma possível invasão terrestre.
Deixe seu comentário no Verdade Gospel.
Fonte: BBC Brasil

Fonte via: http://www.verdadegospel.com/terroristas-do-hamas-disparam-morteiros-e-rompe-tregua-com-israel/

segunda-feira, 14 de julho de 2014

(Vídeo 5:39) - Lição de História para os Idiotas e Ignorantes Petistas, Depravados, Imorais, Socialistas e Esquerdopatas sobre o conflito no Oriente Médio

Para os críticos de Israel, inclusive cristãos mal informados sobre o conflito israel-palestino

Enézio
58 min ·

Para os críticos de Israel, inclusive cristãos mal informados sobre o conflito israel-palestino

David Harris, Diretor Executivo do Comitê Judaico-Americano

Você quer ser levado a sério por Israel e seus amigos? Eis aqui o seu momento de demonstrar a sua boa vontade.

Se realmente você quer dizer o que você quer dizer sobre criticar as políticas israelenses mas não questionar o direito inerente de Israel viver em paz e segurança, então levante a sua voz agora mesmo. Não amanhã, nem depois de amanhã, mas hoje.

Levante a voz e diga que muitos, se não centenas de foguetes são disparados de Gaza contra Israel, são uma abominação. Diga que não existe nenhuma justificação para tais atos de terror.

Diga que este ataque é uma violação descarada de direitos humanos fundamentais. Diga que mulheres, homens e crianças israelenses têm o direito de viverem paz em seus lares, e não viver em permanente alerta 24 horas por dia a semana toda.

Diga que você se solidariza com os israelenses, pois eles não têm mais do que 15 segundos para alcançar um abrigo antiaéreo, e certificar-se que seus parentes jovens e velhos também encontrem proteção.

Diga que o Hamas é uma organização terrorista, exatamente o que os Estados Unidos e a União Europeia declararam que era anos atrás.

Diga que você leu a Carta de Intenções do Hamas e entende que o objetivo do grupo não é o de acabar com a política de assentamento de Israel, mas acabar com Israel, ponto final.

Diga que você sabe que o Hamas usa os civis em Gaza, inclusive crianças, como escudos humanos.

Diga que você sabe que o Hamas está ligado ao Irã, de onde obtém financiamento, armas, e treinamento.

Diga que você vê uma distinção moral entre o incendiário, Hamas, e o bombeiro, Israel.

Diga que existe uma diferença fundamental entre um regime déspota, a Gaza dominada pelo Hamas, e uma democracia, Israel.

Diga que você sabe que o Hamas treina crianças para glorificar a morte e o “martírio”, enquanto Israel educa as crianças para afirmarem a vida e avançar as fronteiras do conhecimento humano.

Diga que você sabe que o Hamas se opõe a qualquer esforço palestino de alcançar a paz com Israel, e tudo fará para sabotar os esforços naquela direção.

Diga que você sabe que nenhum país, nem os Estados Unidos nem as nações europeias, e nem ninguém, toleraria saraivadas de foguetes mortais disparadas contra elas com o objetivo de causar assassinato e lesões físicas.

Diga que você sabe que os hospitais israelenses, em resposta a mais de 12.000 foguetes ao longo de apenas 14 anos, continuam a fornecer cuidados médicos para salvar vidas dos residentes da Faixa de Gaza.

Diga que você sabe que Israel não somente tem o direito, mas a obrigação, de se defender, e isso significa ir atrás da infraestrutura terrorista e de sua liderança.

Diga que você espera que o mundo entenderá e apoiará Israel neste exato momento, quando a metade da população israelense vive dentro do alcance do armamento do Hamas.

Diga que você sabe dar prioridade às suas preocupações, e, quaisquer que sejam suas outras questões com Israel, a capacidade de Israel em terminar com os ataques mortais está no topo de sua lista.

Diga que você evitará a tentação de invocar os comentários aduladores e mal colocados sobre “moderação” e de “equivalência moral” ou de “ciclos de violência”, como se você estivesse jogando os dois lados contra o meio.

Diga que você sabe que Israel saiu completamente de Gaza em 2005, dando a esta faixa de terra a primeira oportunidade na sua história de governar a si mesma.

Diga que você sabe que ninguém antes de Israel, nem o Egito, nem os ingleses, tampouco os otomanos, ninguém ofereceu a Gaza a oportunidade que Israel deu para Gaza traçar o seu próprio destino.

Diga que você sabe que em 2005, Gaza teve a chance de escolher se procuraria imitar a Singapura ou a Somália, e que escolheram a Somália.
Diga que você sabe que o Hamas tomou o poder em Gaza afastando a Autoridade Palestina, assassinando a muitos neste processo.

Diga que você sabe que não há jeito nenhum de a paz possa ser promovida para os palestinos – ou israelenses – se este mesmo Hamas tiver a permissão de compartilhar o governo junto com a Autoridade Palestina.

sábado, 12 de julho de 2014

Israel e Palestina: considerações by Igor Miguel

a respeito desta complexa relação:
1) Antissemitismo(inimizade em relação aos judeus por razões étnicas ou religiosas) é anticristão, por alguns motivos:

  • a) O povo judeu é um testemunho histórico da veracidade das Escrituras;
  • b) O povo judeu é de onde emergiu Jesus Cristo;
  • c) Fere o princípio cristão básico de amor ao próximo.

2) O povo judeu,diferente de muitas comunidades do ocidente, tem uma prática cultural baseada na memória. Se para nós, em geral, o passado é algo facilmente esquecido, para os judeus, o passado é ritualizado e sua memória transmitida pelas gerações. Logo, eventos como o holocausto, a expulsão romana, e até mesmo o Êxodo Bíblico, são eventos sempre presentes na memória judaica. Isso é parte de sua cosmovisão, seja para bem ou para mal.

3) O holocausto é um evento com marcas ainda presentes na cultura judaica em geral. Assim, diante de inúmeras ameças da diáspora, que teve seu clímax nos campos de extermínio, não há outra opção para o povo judeus e não uma terra (nação) com autonomia política e militar. E não há outra opção em relação à civilização ocidental: não permitir que um novo holocausto aconteça, seja a que povo for.

4) Os judeus foram expulsos pelo imperador Adriano (por volta do II século d.C.) de seu território depois de um longo esforço militar fracassado para se libertarem da tirania do império romano. Então, considere este evento como algo com consequências históricas muito sérias. Não olhe para os problemas políticos relacionados aos judeus como um fenômeno apenas da modernidade, este é um erro crasso. Como disse,grande parte da mentalidade e expectativas judaicas têm raízes profundas em eventos pré-modernos.

5) Um cristão não pode ser considerado antissemita pelo simples fato de sustentar a teologia bíblica e cristã de que o título “povo de Deus” é uma exclusividade daqueles que se ligam a Deus por meio de Jesus Cristo. Por inúmeras razões teológicas, obviamente descartadas por judeus, cristãos insistem que não há eleição fora de Jesus. E, por esta razão, Deus não tem dois povos, mas apenas um: aquele que se liga a seu Messias Jesus (seja judeu ou gentio). Claro, que isto não implica em rejeição a tudo que Deus fez outrora com os profetas e patriarcas, ao contrário, em Jesus, Israel encontra toda sua plenitude. Considere ler o texto “Israel de Deus” de minha autoria, em que trato sobre o assunto.

6) Há marcas indeléveis nas práticas culturais e étnicas dos judeus que remetem a revelação de Deus na Bíblia Hebraica (Antigo Testamento). Isto não pode ser ignorado por cristãos quando pensam em um posicionamento em relação aos judeus e ao moderno estado judaico.

7) Um cristão pode discordar dos métodos militares e políticos como o estado moderno de Israel se organiza ou foi estabelecido, e isto não implicaria necessariamente em antissemitismo. Porém, deve ser cuidadoso, pois muitas vezes um sentimento antissionista oculta um sentimento antissemita. Este último é pecaminoso, enquanto aquele pode ter apenas razões políticas, e no quesito político o debate ainda está aberto. Porém, antes de se posicionar como antissionista, ou seja,como alguém que discorda do direito do judeu ter uma terra, pense se o que você tem não é uma posição crítica a algumas formas como o sionismo acontece, e não ao sionismo em si.

8) Cristãos podem discordar livremente de algumas formas como a política israelense acontece, desde que apresentem razões plausíveis para isto. Esta discordância não implicaria em antissemitismo. Israelenses podem agir de forma arbitrária e injusta, o que aconteceu, acontece e acontecerá. Eles não estão isentos de erros inerentes a seres humanos. A doutrina cristã da radicalidade do pecado em seres humanos não isenta ninguém, nem mesmo cristãos ou judeus, da possibilidade de corrupção e injustiça.

9) Muitos dos boicotes, oposições e discurso antissionistas que existem hoje, principalmente oriundos da esquerda política e da nova esquerda ocidental, estão carregados de sentimento antissemita. E simplesmente, ignora-se a complexidade cultural inerente a grupos claramente terroristas. O “hamás” e o “hezbolah” não são grupos 'revolucionários', são movimentos islamistas fundamentalistas que se valem de metodologias imorais para lograrem êxito em suas iniciativas. Não estão dispostos ao diálogo nem com seus pares.


10) Enfim, cristãos não podem “canonizar” o Israel moderno, e tornarem-se a críticos em relação a suas ações políticas e militares. Existe uma apoio a crítico por parte de alguns cristãos evangélicos por causa da influência da teologia dispensacionalista. Se não sabe o que é isto, pesquise sobre o assunto. Tanto palestinos quanto judeus têm o direito de viverem em paz, e penso, ambos tem o direito a uma nação e a uma identidade nacional. Não há soluções mágicas para a tensão entre Israel e Palestina, este é um conflito com raízes no passado, porém, criminalizar de forma arbitrária tanto israelenses como palestinos, pode incorrer em análises injustas da situação.

A bondade de Deus para os árabes

A bondade de Deus para os árabes


Julio Severo
Deus tem sido justo e bom para os árabes. A imensidão territorial que ocupam os países árabes é prova abundante desse fato.
O pequeno Estado de Israel, com suas fronteiras bíblicas originais, não é nada em comparação com o enorme território árabe.
Deus poderia ter dado aos judeus o território do Brasil ou dos EUA. Ele também poderia ter dado a eles a imensidão territorial dos países árabes. Mas ele deu somente um minúsculo pedaço de terra, e o registro da posse está no livro que é lido por milhões de pessoas todos os dias: a Bíblia, que é a Escritura dos cristãos e escritura (documento de posse) dos judeus.
Todo o espaço verde é o imenso território árabe ou arabizado muçulmano. O minúsculo ponto vermelho no meio é o frágil e quase imperceptível Estado de Israel.
E se Deus tivesse dado aos árabes somente aquele pedacinho de terra, a Terra Prometida, e tivesse dado aos judeus todas as grandes terras que os árabes possuem? Daria para entender os árabes implorando aos judeus: “Por favor, deem-nos um pouco de terra. Vocês são muito ricos e nossa terra é muito pequena.”
O que ocorre é exatamente o contrário, e os judeus não estão reclamando. Eles não estão implorando: “Por favor, deem-nos pelo menos o território da Arábia Saudita, pois a terra de Israel é pequena demais.”
Se os árabes fossem bondosos, dariam a Arábia Saudita, e, como dá para ver no mapa, sobraria ainda muita terra para os árabes.
Territorialmente, os árabes são muito mais ricos do que os judeus.
Os palestinos, cujo nome no Latim vem de filisteus, sempre foram inimigos de Israel. No passado, eles queriam partes da Terra Prometida, mas Deus nunca permitiu e sempre os castigou. Eles não podem, mesmo hoje, reivindicar o que Deus não lhes deu.
Contudo, eles podem reivindicar terras de outros países.
Já que os EUA exigem que a Terra Prometida seja dividida entre judeus e filisteus, cabe aos EUA dar o exemplo e dar metade de seu território aos filisteus.
Já que o Brasil também exige que a Terra Prometida seja dividida entre judeus e filisteus, cabe ao Brasil dar o exemplo e dar metade de seu território aos filisteus.
Já que os países árabes, em sua imensidão territorial, exigem que a Terra Prometida seja dividida entre judeus e filisteus, cabe-lhes dar o exemplo e dar metade de seu território aos filisteus.
Não sei a reação dos EUA e Brasil a essa justa proposta, mas é quase certeza que todos os países árabes jamais perdoariam os filisteus, seus irmãos de carne, sangue e fanatismo islâmico, por quererem terras de outros árabes.
A imensa riqueza territorial que os árabes têm eles não dividem com ninguém, nem com seus irmãos filisteus.
Como é que eles exigem então que os filhos de Israel deem, de seu minúsculo território, terras aos filisteus?
Deus tem sido muito bom para os árabes, que deveriam ser muito bons para os filisteus.
Os árabes deveriam agradecer a Deus por sua imensidão territorial e deveriam doar aos seus irmãos filisteus um pouco de sua tremenda abundância territorial.
Deus se agrada da bondade e gratidão, especialmente entre irmãos de sangue.
Leitura recomendada:

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Guerra santa em Israel?

Guerra santa em Israel?

Participei ontem (07/08/2006) de um debate em um canal UHF (www.rittv.com.br/vejamso/) sobre a guerra de Israel contra o Líbano, que foi deflagrada com as mortes e seqüestro de soldados israelenses. Primeiro o Hamas (ao sul de Israel), invadiu as fronteiras de Israel, matou soldados e seqüestrou um deles. Depois, o Hezbollah fez coisa semelhante nas fronteiras do norte de Israel. Em ambos os casos, Israel reagiu com força militar maciça contra os ataques recebidos.

As reações à reação de Israel são variadas entre os cristãos, desde aqueles que abominam completamente a ação de Israel até aqueles que crêem que esta é uma guerra santa, abençoada por Deus, no mesmo espírito e modelo das guerras bíblicas. Sabemos que para o Hezbollah, esta é uma ‘guerra santa’, mas como os cristãos podem analisar a questão?

Com este post quero expressar a minha posição teológica quanto a Israel hoje e também minha leitura do direito de Israel à auto defesa.

1. Questão Teológica
Na visão de muitos cristãos (e judeus), a nação de Israel que hoje se encontra no Oriente Médio, estabelecida pela ONU em 1948 sobre territórios ocupados por ingleses na época, é um literal cumprimento de diversas promessas e profecias bíblicas do Antigo Testamento. Esta leitura vê, por exemplo, que a restauração da nação israelita é o caminho de Deus para cumprir a promessa de bênção a Abraão e a aliança eterna de Deus com a casa de Davi. O fato de a nação israelita ter ‘reaparecido’ no cenário mundial depois de quase 2 milênios da diáspora é visto não só como uma ação soberana de Deus (o que eu creio, pois todas as manifestações históricas retratam a soberania de Deus ), mas também como a manifestação da vontade de Deus prescritiva conforme expressa na Bíblia (o que não creio, pois procura-se “enxergar” em demasia os caminhos de Deus nos traços da história, esquecendo-se o todo da Revelação Especial). Logo, é ação soberana de Deus, mas não está revelada nas Escrituras.

Não seria a primeira vez que Israel “reaparece” na história da humanidade como nação. Depois da destruição do primeiro templo e do cativeiro na Babilônia por um período de 70 anos, a nação voltou ao seu território e se restabeleceu, agora debaixo do domínio Persa. A diferença entre o primeiro ‘reaparecimento’ de Israel e este segundo, em 1948, é que o primeiro é claramente estabelecido na Bíblia como o resgate da disciplina de Deus sobre seu povo e as profecias são muito claras, inclusive quanto ao tempo da volta do cativeiro e até com o nome de quem seria o seu libertador (Ciro). Não tenho qualquer dificuldade em compreender nesses atos de Deus o cumprimento de profecias, conforme registradas na Bíblia. Afinal, creio plenamente na inspiração, inerrância e autoridade das Escrituras. O que não consigo ver, como muitos hoje vêem, são profecias claras a respeito do Israel de hoje, a se cumprirem na atualidade e no final dos tempos. Aliás, a maioria dos intérpretes reformados compreende que a nação de Israel, com a vinda do Messias e sua conseqüente negação, perdeu o seu papel bíblico como agente do Reino do Deus, tendo Israel sido incorporado pela igreja do Senhor Jesus. A igreja é o verdadeiro Israel de Deus, formado por toda língua, raça, povo e nação.

Creio na eleição de Israel como etnia para trazer ao mundo os oráculos de Deus e o próprioMessias, mas este papel se extingue quando, em Cristo, as promessas feitas aos verdadeiros crentes, os filhos de Abraão na fé, israelitas de sangue ou não, são cumpridas. O rei davídico, o descendente de Abraão, Jesus Cristo, está assentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso, e de lá há de vir para julgar os vivos e os mortos. A ‘menina dos olhos’ de Deus é a sua Igreja, o verdadeiro Israel, composto dos remidos do Senhor em todos os tempos, em ambas as dispensações. Existem muitos cristãos não dispensacionalistas que acreditam na possibilidade de que as Escrituras apontem para um futuro glorioso para a nação de Israel. Ainda que eu veja isto como uma possibilidade, ainda não fui decididamente convencido.

Sei que este é assunto por demais polêmico e pretendo responder a alguns comentários, mas prometo, não vou responder a todos. Para uma leitura específica sobre esta posição recomendo: O. Palmer Robertson, O Israel de Deus: passado, presente e futuro (Editora Vida) e David Holwerda, Jesus e Israel: uma aliança ou duas? (Editora Cultura Cristã). Se você está preocupado com o cumprimento do sermão escatológico de Jesus e o relaciona especificamente a Israel, sugiro a leitura do recém lançado “Ainda não é o fim”: uma exposição do sermão escatológico de Jesus, por não menos do que nosso co-blogueiro, Augustus Nicodemus Lopes (Luz para o caminho publicações).

2. O direito de defesa
Ainda que não creia que a presente nação de Israel seja a mesma coisa que o Israel bíblico e as profecias bíblicas não se refiram diretamente a este Israel que está em guerra com o Líbano, creio que qualquer nação tem o direito de defesa do seu território e de sua soberania. Israel tem sido atacado por povos de outras nações e precisa usar dos meios necessários para a proteção de sua população, fronteiras e propriedade. Se qualquer nação vizinha ou longínqua atacar o Brasil, o mínimo que eu espero é que o nosso governo federal reaja em proteção ao seu próprio povo (mesmo que seja um ataque a uma propriedade brasileira no exterior, quem sabe uma refinaria da Petrobrás).

Ainda que uma guerra por si nunca seja boa, ela é muitas vezes necessária. Creio na doutrina da ‘Depravação Total’ e já cresci o suficiente para saber que esta depravação, muitas vezes, não permite que situações se resolvam satisfatoriamente. Tanto os israelitas quanto os libaneses se encaixam plenamente neste status e, conforme sua natureza, vão tentar resolver as diferenças – um atacou o outro e, enquanto um não abrir mão de seus direitos, ou ambos, não existirá uma solução.

Pesa contra Israel a acusação de que a reação aos ataques recebidos foi desproporcional, ainda que as notícias nesse sentido procurem ignorar as repetidas agressões infligidas contra aquela nação por várias décadas. Pesa contra o Líbano o fato de manter dentro de suas fronteiras um exército não oficial, sobre o qual o governo ‘não tem controle’. Ou seja, o governo do Líbano não ataca a Israel, mas, em tese, abriga um grupo que manifesta seu ódio à nação vizinha atacando-a. Pesa ainda o fato de que esta força de guerrilha se abriga no meio da ‘população civil’, em meio a escolas, lugares de comércio, fazendas, etc., usando a população como escudo e desculpa. Se, por um lado, a força bruta usada por Israel nos assusta, a covardia de manter força bélica no meio de casas com civis, mulheres e crianças também impressiona. Não podemos ignorar um fato com freqüência esquecido pelos meios de comunicação: como bem disse o primeiro ministro de Israel, “a diferença entre nós é que quando atingimos civis, reconhecemos e lamentamos o erro, enquanto que eles celebram e comemoram exatamente isso”.

Creio que o conceito expresso na Confissão de Fé de Westminster sobre guerra justa, pode ser o nosso princípio de análise para a questão (Capítulo XXIII: Do Magistrado Civil):


II. Aos cristãos é licito aceitar e exercer o ofício de magistrado, sendo para
ele chamado; e em sua administração, como devem especialmente manter a piedade, a justiça, e a paz segundo as leis salutares de cada Estado, eles, sob a
dispensação do Novo Testamento e para conseguir esse fim, podem licitamente
fazer guerra, havendo ocasiões justas e necessárias.
Prov. 8:15-16; Sal. 82:3-4; II Sam. 23:3; Luc. 3:14; Mat. 8:9-10; Rom. 13:4.

As perguntas que precisamos fazer antes de conclusões precipitadas e, por vezes, teologicamente equivocadas, que levam alguns a subscrever tudo o que a atual nação de Israel faz; ou antes de manter discursos inflamados que refletem tão somente a visão simplista da mídia e o bordão de “reação proporcional” (o que seria mesmo isso – matar apenas 1:1?) seriam: Esta guerra é necessária? Esta guerra é justa? Esta guerra é lícita? É impossível ter todas as respostas agora. Muitos desdobramentos ainda virão. Além disso, devemos orar e rogar a Deus pelos libaneses, israelitas e nossos irmãos cristãos que estão em ambas as fronteiras desta guerra e que estão sofrendo e morrendo. Uma coisa é certa: não há guerra boa, que Deus abrevie o fim desta, com a possibilidade de que a justiça prevaleça e que uma paz duradoura se estabeleça para aqueles que assim a desejam.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O fim do apoio evangélico americano a Israel? by David Brog

O fim do apoio evangélico americano a Israel?

Como anda o prestígio de Israel entre os evangélicos do mundo

David Brog
Comentário de Julio Severo: Este documento, traduzido por mim, traz graves denúncias. A população evangélica americana, que tradicionalmente era mais a favor de Israel do que o restante da população evangélica mundial, agora despencou para a posição minoritária. De acordo com Brog, que dirige nos EUA uma das maiores organizações pró-Israel, a população evangélica dos EUA apoia hoje menos Israel do que populações evangélicas de outros países, graças a uma campanha de propaganda de anos, inicialmente entre protestantes tradicionais, especialmente presbiterianos, e agora predominante nas grandes conferências evangélicas dos EUA, inclusive pentecostais. Em vista de que as mudanças na cultura evangélica dos EUA sempre afetam os evangélicos do Brasil, disponibilizo este artigo para ajudar o leitor brasileiro a tomar cuidado com a propaganda anti-Israel que estará vindo nos próximos anos da literatura evangélica americana. Há boa literatura evangélica pró-Israel nos EUA, mas infelizmente quase nada dela chega até os brasileiros e as editoras evangélicas do Brasil optam geralmente pelo lado mais liberal e esquerdista. Leia e divulgue este artigo entre líderes:
Uma mera década atrás, o sionismo cristão era visto como uma força emergente na política dos Estados Unidos. Como que saindo do nada, um bloco de cinquenta a cem milhões de amigos de Israel estava preparado para entrar no debate nacional e defender o relacionamento entre EUA e Israel por várias gerações futuras. O amor evangélico por Israel parecia tão sólido que o único debate dentro da comunidade judaica era se “aceitá-lo” ou não.
Primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu e o pastor pró-Israel John Hagee
Como as coisas mudam rapidamente. Os dias de certeza de apoio de evangélicos americanos a Israel já eram. À medida que eles são confrontados com um discurso favorável aos evangélicos, mas contrário a Israel, mais e mais desses cristãos estão se voltando contra o Estado judeu. [1]
Há um precedente preocupante para tal meia-volta. Havia um tempo — antes da guerra de 1967 — em que as principais denominações protestantes [presbiteriana, luterana, metodista, etc.] estavam entre os apoiadores americanos mais confiáveis de Israel. Os inimigos de Israel, pois, miraram essas denominações com mensagens favoráveis aos presbiterianos, luteranos e outros, mas contrárias a Israel. Há ainda muitos presbiterianos, luteranos e outros que apoiam Israel hoje. Mas no que se refere a Israel, as grandes denominações protestantes agem em parceria e bloco em boicotes. E o boicote delas é contra Israel, não o Irã.
Da mesma maneira, os cristãos palestinos e seus simpatizantes nos EUA estão vitoriosamente promovendo um discurso cujo objetivo é alcançar a nova geração de evangélicos e fazê-los se voltar contra Israel. Como consequência, mais líderes desta geração estão adotando a neutralidade no conflito enquanto outros estão se tornando críticos categóricos de Israel. A atitude de questionar o apoio cristão a Israel está rapidamente se tornando um jeito principal de evangélicos milenistas demonstrarem sua compaixão e independência política. Em resumo, essa população é alvo.

A mudança

Não há nada de novo acerca das campanhas para separar os evangélicos americanos de Israel. Muitos da facção anti-Israel vêm trabalhando há anos para fazer exatamente isso. Cristãos palestinos anti-Israel como Sami Awad e Naim Ateek viajam pelos EUA dizendo aos cristãos americanos como seus “irmãos e irmãs em Cristo” estão sendo oprimidos pelos judeus de Israel. Evangélicos esquerdistas como Jim Wallis, Tony Campolo e Serge Duss têm ecoado esse discurso em seu canto do mundo cristão. Brian e Matt, filhos de Duss, estão trabalhando com afinco para popularizar as opiniões de seu pai dentro dos campos de filantropia cristã e da elaboração das políticas do Partido Democrático [partido americano que é ideologicamente muito parecido com o PT do Brasil], respectivamente.
No entanto, até dois anos atrás, havia pouca razão para crer que esses indivíduos estavam influenciando os cristãos que estão fora de seus próprios restritos círculos. Quase todo líder evangélico importante que assumiu uma postura nessa questão se manifestou em apoio direto a Israel. Um mundo evangélico de centro-direita não estava simplesmente aceitando suas orientações políticas de adeptos da esquerda.
Essa situação está mudando dramaticamente. A cada mês que passa, mais evidências estão aparecendo de que esses cristãos anti-Israel estão conseguindo de forma eficaz alcançar evangélicos que não estão na esquerda. Eles estão agora influenciando a população evangélica em geral. De modo particular, eles estão penetrando o mundo evangélico em seu ponto fraco: a geração milenista. Esses jovens crentes (aproximadamente das idades de 18 a 30) estão se rebelando contra o que percebem como o excessivo literalismo bíblico e conservadorismo de seus pais. À medida que se esforçam com um vigor renovado para imitar a postura de Jesus a favor dos oprimidos e discriminados, eles querem decidir por si mesmos qual lado está sendo oprimido no conflito árabe-israelense.
Quem conseguir definir primeiro o conflito para esses jovens ganhará aliados para a vida toda.

Sobre as pesquisas de opinião pública e os documentários

Em outubro de 2010, o Forum Pew sobre Religião e Vida Pública conduziu uma grande pesquisa de opinião de líderes evangélicos que estiveram no 3º Congresso Lausanne de Evangelização Mundial na Cidade do Cabo, na África do Sul. Quando lhes fizeram a pergunta sobre com qual lado do conflito palestino-israelense eles simpatizavam, esses líderes responderam da seguinte forma:
Todos os evangélicos (do mundo inteiro)
Simpatizam com Israel: 34%
Simpatizam com os palestinos: 11%
Simpatizam com ambos igualmente: 39%
Evangélicos dos EUA:
Simpatizam com Israel: 30%
Simpatizam com os palestinos: 13%
Simpatizam com ambos igualmente: 49%
Essa pesquisa de opinião contém duas revelações chocantes. Mostra que apenas uma minoria dos evangélicos entrevistados simpatiza principalmente com Israel. E demonstra que os líderes evangélicos dos EUA têm na realidade menos inclinação para apoiar Israel do que os líderes evangélicos do mundo todo em geral.
Essas estatísticas podem significar que o apoio evangélico a Israel jamais foi tão universal quanto comumente se cria. Mas podem também demonstrar que anos de campanhas de corpo a corpo em cada igreja realizadas pelos críticos de Israel estavam começando a dar frutos mesmo antes de sua recente intensificação.
O ano de 2010 foi uma intensificação dramática nas campanhas para dividir os evangélicos americanos de Israel usando filmes. No período de um ano, não menos que três grandes documentários foram lançados atacando o apoio cristão a Israel. Claro que não foram os primeiros filmes anti-Israel a serem produzidos. O que tornou esses filmes especial foi que o foco deles era desacreditar o apoio cristão a Israel. Enquanto o filme “Waiting for Armageddon” (Aguardando o Armagedom) de First Run Features foi produzido e dirigido por uma equipe de documentaristas seculares, dois outros filmes — “With God on Our Side” (Com Deus do Nosso Lado) de Rooftop Productions, 2010, e “Little Town of Bethlehem” (Cidadezinha de Belém) de EthnoGraphic Media, 2010 — foram feitos por cristãos especificamente para cristãos. “With God on Our Side” foi produzido por Porter Speakman, ex-ativista da JOCUM (Jovens Com Uma Missão) [2] enquanto “Little Town of Bethlehem” foi financiado e produzido por Mart Green, presidente do conselho administrativo da Universidade Oral Roberts e herdeiro da fortuna das lojas de artesanatos Hobby Lobby.
Esses dois filmes feitos por cristãos são sofisticadas obras de arte para enganar, apresentando protagonistas persuasivos vagando devotamente por uma paisagem do Oriente Médio em que toda violência, agressão e rejeicionismo dos árabes foi magicamente apagado. Por isso, as medidas de segurança israelenses que eles encontram pelo caminho — desde o muro de segurança até a presença contínua de Israel na Margem Ocidental — são experimentadas como perseguições desconcertantes, que qualquer pessoa decente condenaria.
Mais recentemente, em novembro de 2013, outro documentário anti-Israel — “The Stones Cry Out” (As Pedras Clamam) — foi lançado. Como seus predecessores de 2010, esse documentário especificamente faz sob medida sua mensagem anti-Israel para uma audiência cristã. O site do filme lamenta: “De modo muito frequente, a cobertura que os meios de comunicação fazem do conflito na Palestina o retrata como uma luta entre muçulmanos e judeus.” A meta não muito sutil de “The Stones Cry Out” é fazer uma nova retratação do conflito como uma luta entre cristãos e judeus.
“The Stones Cry Out” começa com a história de Kfar Biram, uma vila cristã árabe na fronteira de Israel com o Líbano. Israel expulsou os residentes da vila em 1948 a fim de, nas palavras do site do filme, “abrir caminho para os colonizadores no estado recentemente criado de Israel.” O filme então trata da “expropriação da Margem Ocidental em 1967” e da situação difícil da moderna Belém, que está “cercada por um muro.” [3] Como tal linguagem deixa repetidamente claro, os produtores do filme não criaram uma crítica sutil das políticas de Israel. Eles produziram em vez disso uma moderna peça da Paixão.
Numa entrevista sobre o filme, Mitri Raheb, pastor de Belém, resume as mudanças que estão ocorrendo no mundo evangélico dos EUA:
Não é um caso sem esperança. A primeira vez que fui aos EUA em 1991, a maioria das pessoas que encontrei nada sabia sobre a Palestina. Isso mudou muito. Vejo entre os evangélicos americanos mais abertura aos palestinos. [4]
Raheb está certo sobre essa abertura. E isso pode ser uma boa coisa se levar a um exame honesto da questão. Infelizmente, Raheb e seus colegas estão tirando vantagem dessa abertura ao propagar um discurso unilateral da perseguição judaica aos cristãos. Isso pode semear muito ódio futuramente.

Sobre universidades e conferências

A campanha para deslegitimar Israel nas universidades dos EUA rapidamente avançou de algo periférico para algo comum. As campanhas de boicote contra Israel que miram tudo, desde fundos de pensão universitária até os produtos das lanchonetes, se tornaram muito conhecidas. Mas o que muitos observadores não compreendem é que a campanha para demonizar Israel está também sendo feita em universidades evangélicas dos EUA.
Talvez o exemplo mais preocupante venha da Faculdade Wheaton em Illinois, comumente mencionada como a “Harvard evangélica.” Alguns dos mais proeminentes líderes evangélicos dos EUA se formaram em Wheaton, inclusive o Rev. Billy Graham, o senador Dan Coats e Michael Gerson, ex-escritor de discursos de George W. Bush.
Wheaton também abriga Gary Burge, um dos mais proeminentes evangélicos anti-Israel dos EUA. Burge viaja pelos EUA e o mundo acusando Israel dos piores crimes e se engajando em zombarias ao judaísmo que beiram o antissemitismo. [5] Quando a entidade Cristãos Unidos por Israel (CUPI) anunciou planos de realizar um evento em Wheaton em janeiro de 2009, Burge partiu para a ofensiva. Os membros estudantis de CUPI sofreram pressões tão intensas que mudaram o evento para fora da faculdade: Não haveria nenhum evento pró-Israel na Harvard evangélica.
Outra grande instituição educacional evangélica nos EUA é a Universidade Oral Roberts (UOR), que tem profundas raízes cristãs conservadoras. O próprio Oral Roberts era um televangelista pentecostal e forte amigo de Israel. Alguns dos principais pregadores dos EUA se formaram na UOR, e seu conselho de administração já teve tais pastores pró-Israel como John Hagee, Kenneth Copeland e Bishop Keith Butler.
Mas as coisas estão mudando na UOR. O atual presidente do conselho administrativo da UOR é Mart Green, que foi mencionado acima. Ele teria “salvo” a UOR injetando 70 milhões de dólares. Em janeiro de 2013, o conselho administrativo da UOR elegeu Billy Wilson como novo presidente da universidade; poucos meses depois, Wilson foi escolhido como palestrante em 2014 na principal conferência cristã anti-Israel do mundo, a “Christ at the Checkpoint” (Cristo no Posto de Controle).
A Universidade Bethel em Minnesota fornece um exemplo adicional. Embora essa universidade não tenha a reputação nacional da Wheaton ou UOR, provavelmente representa mais a direção que as universidades evangélicas dos EUA estão tomando. Os líderes da Bethel não estão nem liderando nem financiando a campanha para deslegitimar Israel, mas são meramente o produto disso tudo. Como muitas universidades evangélicas, a Bethel frisa reconciliação racial e abertura cultural e tem assim desenvolvido numerosas oportunidades para seus estudantes estudarem no exterior. Em 2010, Jay Barnes, presidente da Bethel, e sua esposa Barb visitaram Israel e a Autoridade Palestina para explorar a possibilidade de fazer um programa de estudo no exterior ali. Durante a viagem, eles visitaram Belém e foram expostos ao discurso evangélico anti-Israel padrão. Como muitos outros americanos que viajam para lá, ao que tudo indica Barb Barnes aceitou a apresentação unilateral. Logo após sua volta, Barnes postou um poema no site da universidade que resumia os principais temas anti-Israel dessa viagem:
Um conflito inacreditável existe na terra do nascimento de Jesus. Creio que Deus está chorando.
O muro [6] lembra constantemente muitas liberdades perdidas. Creio que Deus está chorando.
Por mais de 60 anos, as pessoas têm vivido em pobreza nos campos de refugiado. Creio que Deus está chorando.
O apartheid se tornou um modo de vida. Creio que Deus está chorando.
Extrema distribuição desproporcional de recursos, como água, existe. Creio que Deus está chorando.
Centenas de vilas têm sido demolidas para dar espaço para assentamentos. Creio que Deus está chorando.
Violações de direitos humanos ocorrem diariamente. Creio que Deus está chorando.
A população cristã está diminuindo, pois muitos estão partindo para evitar perseguição. Creio que Deus está chorando. [7]
A visita dos Barnes motivou um estudo adicional que no final rendeu uma compreensão mais sutil. Em outubro de 2012, o presidente Barnes realizou um evento chamado “Esperança para a Terra Santa” na Bethel. O evento tinha um discurso unilateral, culpando Israel por tudo, e trouxe como palestrantes Sami Awad, Lynn Hybels e outros antigos críticos evangélicos de Israel.
Não é preciso ser um estudante para ser exposto a esses discursos anti-Israel. Em anos recentes, o número de conferências cristãs focando inteira ou parcialmente em criticar Israel vem crescendo, juntamente com o número de participantes.
Desde sua fundação em 1979, o Colégio Bíblico de Belém na Margem Ocidental vem sendo uma fonte principal de discursos cristãos anti-Israel. Em 2010, esse colégio lançou uma conferência que ocorre a cada dois anos chamada “Christ at the Checkpoint” (Cristo no Posto de Controle). O nome da conferência junto com uma foto do muro de segurança de Israel que forma seu lema apelam para a ideia cada vez mais propagandeada de que Jesus era um palestino que estaria sofrendo debaixo da ocupação israelense hoje tanto quanto ele sofreu debaixo da ocupação romana dois mil anos atrás.
Em 2010, a conferência reuniu 250 líderes cristãos e ativistas em Belém; em 2012, esse número foi mais que 600, inclusive tais líderes evangélicos populares como o Pr. Joel Hunter e Lynne Hybels, esposa do pastor de mega-igreja Bill Hybels, que desde então se tornou um dos principais críticos de Israel.
Os dias em que tínhamos de viajar até Belém para ouvir tais vozes anti-Israel terminaram. O discurso anti-Israel de “Christ at the Checkpoint” está agora sendo disseminado em grandes conferências cristãs nos Estados Unidos, inclusive os eventos organizados por Empowered21 e Catalyst.
Empowered21, a proeminente conferência de cristãos pentecostais e carismáticos, fornece um exemplo preocupante dessa tendência. [8] Sua liderança inclui famosos líderes pentecostais e carismáticos do mundo inteiro, inclusive muitos amigos de longa data de Israel. Entretanto, o principal crítico de Israel entre esses líderes, Mart Green, parece estar desempenhando um papel descomunal em acertar a agenda da conferência: Sua conferência de 2012 na Virgínia incluiu uma palestra de Sami Awad e uma exibição do filme de Green, “Little Town of Bethlehem” (Cidadezinha de Belém).
Empowered21 anunciou que realizará seu congresso mundial de 2015 em Jerusalém. Considerando as conexões da conferência com Sami Awad e Mart Green, há certo ceticismo se a intenção da escolha do local foi um sinal de solidariedade a Israel. Só o tempo dirá se a liderança dessa organização permitirá que a conferência se torne uma festa cujo único objetivo é criticar Israel.
Eventos preocupantes estão também acontecendo na conferência anual Catalyst. Inicialmente lançada em 1999, Catalyst rapidamente cresceu e hoje é o maior encontro de líderes evangélicos jovens dos Estados Unidos com mais de 100.000 líderes anualmente viajando para Atlanta para participar dessa conferência desde seu começo. Eventos adicionais de Catalyst estão agora sendo realizados na Florida, Texas e Califórnia.
No passado, Catalyst cuidadosamente evitava discussões acerca do conflito árabe-israelense. Em 2012, porém, Lynne Hybels foi convidada para dar a palestra “Pacificação em Israel/Palestina.” Ninguém falou nada sobre apresentar uma perspectiva pró-Israel. Como o jornalista Jim Fletcher observou depois de ir a Catalyst 2012:
Em dezenas de conversas casuais, notei que cristãos milenistas… expressavam solidariedade aos palestinos e raiva de Israel. Essa é uma mudança sísmica nas igrejas evangélicas dos EUA e uma ameaça grave a uma área que tradicionalmente sempre apoiou Israel. [9]
Além de dar palestras em grandes conferências, palestrantes anti-Israel como Burge, Awad, Hybels e Stephen Sizer fazem turnês nas igrejas dos EUA. O folheto de uma palestra de Burge de setembro de 2013 dá um senso do clima nesses eventos. [10] Intitulado “Sionismo Cristão: Um Problema com uma Solução,” o folheto inclui uma sequência de três mentiras que formam a base principal do novo antissionismo cristão:
Os sionistas em Israel criaram um estado que quer pureza racial. Muitos sionistas querem que os cristãos que nasceram em Israel partam de Israel. Os sionistas cristãos nos EUA apoiam Israel porque acreditam que isso acelerará a segunda vinda de Cristo.

Viagens a “Israel/Palestina”

Um número crescente de organizações está levando um número crescente de líderes, influenciadores e estudantes evangélicos para visitar “Israel/Palestina.” Essas viagens são muito comercializadas e buscam evangélicos das grandes denominações afirmando serem a favor tanto dos israelenses quanto dos palestinos — ou simplesmente “pró-pessoas” —, mas nunca anti-Israel. Contudo, essas viagens tendem a focar no sofrimento palestino e culpar apenas Israel por esse sofrimento.
O Grupo Telos, fundado em 2009 e financiado por George Soros[11], representa bem essas novas organizações. Dirigida por uma equipe inteligente que professa ter uma agenda moderada, Telos se promove como “uma das principais organizações do emergente movimento pró-Israel, pró-Palestina, pró-EUA, pró-paz dos EUA.” [12] Suas viagens levam os visitantes tanto a Israel quanto à Autoridade Palestina onde eles se encontram com israelenses e palestinos. O que poderia ser mais imparcial?
Entretanto, essas viagens são cuidadosamente calibradas para ensinar seus participantes que as políticas israelenses são a fonte do sofrimento israelense e árabe e a única barreira para a paz. Os palestrantes palestinos incluem críticos extremos de Israel tais como Mitri Raheb e o arcebispo Elias Chacour (ambos mostrados de forma proeminente no filme “The Stones Cry Out”). Os palestrantes israelenses, embora não sejam tão radicais, são defensores incondicionais da extrema Esquerda que de forma semelhante culpam Israel pelos problemas da região. Uma breve visita a um direitista israelense — geralmente um colono — faz mais para confirmar esse discurso unilateral do que desafiá-lo. Telos organiza aproximadamente quinze dessas viagens a cada ano. [13]
Outra chegada recente na cena é o Projeto de Imersão Global. Fundado em 2011, o projeto busca “cultivar pacificadores comuns por meio de imersão em conflito global.” [14] Mas até agora, o único conflito que eles estudam é o conflito entre Israel e palestinos, e as únicas viagens que fazem são para “Israel/Palestina.” Em 2014, eles têm dois “laboratórios de ensino” programados na Terra Santa.
Esses recém-chegados se juntaram a um antigo defensor irredutível do movimento, a Fundação Terra Santa. Fundada em 1998 pelo ativista cristão palestino Sami Awad, essa organização afirma promover soluções não violentas para o conflito com Israel. No entanto, Awad já declarou muito claramente em seu blog que a não violência “não substitui a luta armada. Esse não é um método de normalização com a ocupação [israelense]. Nossa meta é reviver a resistência popular até que toda pessoa se envolva no desmantelamento da ocupação [israelense].” [15] A Fundação Terra Santa promove uma versão fortemente tendenciosa da história na qual só Israel é culpado da ausência da paz. Essa fundação dissemina essa mensagem para os que visitam seus vários projetos de serviço, iniciativa de colheita de oliva e “Encontro de Verão na Palestina.” [16]

A divisão das gerações

Apesar desses avanços preocupantes, é improvável que uma geração mais velha de evangélicos americanos criada para apoiar Israel abandonará esse apoio em massa. A maior ameaça vem da geração de americanos mais jovens que nunca desenvolveu tais vínculos e parece bastante ansiosa para questioná-los. Há um perigo real de que esses ataques de filmes, conferências e universidades combinarão para criar uma mudança entre gerações no que se refere a atitudes para com Israel.
A maioria dos evangélicos que dominou o ativismo político cristão nas décadas passadas — homens como Jerry Falwell, Pat Robertson e Francis Schaeffer — eram apoiadores explícitos de Israel. Embora seus filhos compartilhem essa perspectiva, eles tendem a falar dela menos. Aliás, Frank, o filho de Francis Schaeffer, se tornou um crítico estridente da “influência, em grande parte sem oposição, do sionismo cristão.” [17]
Para piorar tudo, há um grupo de estrelas evangélicas jovens emergentes que fazem viagens a Israel e a Autoridade Palestina e depois voltam para promover a ideia de que seus irmãos evangélicos precisam se afastar do Estado judeu. Esse é um bando em grande parte muito bem vestido dedicado a comercializar o Cristianismo a uma geração cética tornando-o bacana, compassivo e menos descaradamente político. Questionar o apoio a Israel e expressar simpatia aos palestinos está rapidamente se tornando a marca registrada dessa turma.
Essa divisão entre gerações é destacada melhor pelo exemplo do empresário editorial cristão Steven Strang e seu filho Cameron. Steven Strang publica Charisma, uma das principais revistas evangélicas mensais dos EUA com uma perspectiva firmemente a favor de Israel. Ele tem também publicado obras de muitos escritores cristãos proeminentes, inclusive John Hagee, um defensor incondicional de Israel. Strang era, até recentemente, diretor regional de Cristãos Unidos por Israel. Seu filho Cameron publica Relevant, uma revista muito popular entre evangélicos milenistas, afirmando “alcançar cerca de 2.300.000 de cristãos entre as idades de 20 e 30 anos por mês” por meio de suas publicações impressas e online. [18]
Menos de uma década atrás, Relevant era tão pró-Israel quanto a Charisma. Em dezembro de 2005, por exemplo, Relevant publicou um forte artigo pró-Israel intitulado “Israel: Por Que Você Deveria se Importar.” Em 2006, Relevant me entrevistou para seu programa semanal de podcast, e a entrevista foi muito amistosa.
Então Lynne Hybels levou Cameron Strang para visitar Israel e os territórios palestinos, e tudo mudou. Durante a Operação Chumbo Fundido de 2008-2009 em Gaza, Relevant publicou um artigo intitulado “Será que Israel Está Sempre Certo?” em que o autor dispensou uma análise equilibrada de operações urbanas antiterrorismo para concluir: “Quando examino as escolhas de Israel como eu examinaria as escolhas de qualquer outra nação, me vejo pasmo que eles não estão fazendo mais para proteger os inocentes [em Gaza].” [19]
Quando Israel confrontou o Hamas de novo em novembro de 2012, Relevant publicou um artigo intitulado: “Como os Cristãos Devem Responder à Crise no Oriente Médio,” escrito por Jon Huckins, co-fundador do Projeto Imersão Global. O artigo foi um exercício prolongado de relativismo moral, comentando o sofrimento de cada lado sem atribuir culpa. Huckins nem uma vez criticou o Hamas, mas desferiu um ataque velado aos sionistas cristãos detonando a “resposta violenta e o racismo, a estereotipação odiosa [aos eventos em Gaza] sendo disseminados por cristãos.”[20]
A capa da edição de maio/junho de 2012 de Relevant destacou Donald Miller, autor do livro “Blue Like Jazz” (2003), best-seller no jornalNew York Times, que virou filme em 2012. Em agosto de 2008, Miller fez a oração de encerramento da primeira noite da Convenção Nacional do Partido Democrático [um partido em grande parte abortista e homossexualista, semelhante ao PT do Brasil]. Ele é considerado uma estrela em ascensão entre os evangélicos de 20 anos de idade nos EUA que compõem muitos de seus 189.000 seguidores de Twitter. Miller visitou Israel e os territórios palestinos com Strang e desde então abraçou o discurso anti-Israel. Em 12 de novembro de 2012, Miller publicou em seu blog: “A Verdade Dolorosa sobre a Situação em Israel.”[21] Aí ele repetiu várias mentiras escandalosas acerca de Israel que provavelmente ele ouviu durante sua visita:
Em setembro um grupo de jornalistas e eu visitamos Israel e ficamos num monte que dá para um muro que separa Israel de Gaza. De nossa perspectiva, conseguíamos ver o território polêmico em que 1,6 milhão de palestinos foram encurralados e isolados do mundo exterior. Eles estão, em essência, presos.
Os muros erguidos ao redor da Margem Ocidental e de Gaza separam famílias de famílias. Muitas mães não verão seus filhos de novo. Milhões jamais voltarão aos lares que suas famílias haviam ocupado por centenas de anos… Milhares de estudantes palestinos em universidades americanas jamais verão suas famílias de novo.
Israel dá água fresca aos palestinos apenas uma vez por semana… Em Gaza, Israel também raciona sua comida, permitindo apenas determinada quantidade de calorias por ser humano.

A resposta

Congele o tempo, e o lado pró-Israel está ainda bem à frente na batalha pelos corações e mentes dos evangélicos dos EUA. Só uma organização pró-Israel, Cristãos Unidos por Israel, tem mais de 1,6 milhão de membros, filiais em mais de 120 faculdades e universidades, e patrocina trinta e cinco eventos pró-Israel nos EUA a cada mês.[22] Os cristãos anti-Israel não chegam nem perto de se comparar ao tamanho, atividade ou influência de CUPI.
Mas as tendências de longo prazo estão agora vindo em foco suficiente para discernir um desafio. Os cristãos anti-Israel estão com sorte. Embora sejam numericamente poucos, esses ativistas parecem receber muito dinheiro. Eles estão conquistando muito mais líderes e influenciadores para sua causa do que o lado pró-Israel. Embora esses sejam aliados criados recentemente, eles estão alcançando uma rede de evangélicos que não para de crescer nos EUA.
A ameaça não é que esses ativistas transformarão a maioria dos evangélicos americanos em odiadores de Israel. Eles nem precisam fazer isso. O perigo real é que eles ensinarão seus irmãos evangélicos um relativismo moral que os neutralizará. O dia em que Israel for visto como equivalente moral do Hamas será o dia em que a população evangélica americana — e por extensão os líderes políticos que ela ajuda a eleger — vão parar de dar a Israel qualquer apoio significativo.
Os que rejeitam tal simplista equivalência moral precisam levar essa ameaça a sério. Eles não podem deixar a população evangélica americana seguir o caminho dos líderes das grandes denominações protestantes dos EUA. Eles não devem esquecer que grandes mentiras precisam ser confrontadas cedo e muitas vezes. E eles não devem ignorar o fato de que os inimigos de Israel estão dizendo mentiras muito grandes para alguns cristãos muito influentes — e dizendo-as com muita eloquência.
David Brogdiretor-executivo de Cristãos Unidos por Israel, é o autor de In Defense of Faith: The Judeo-Christian Idea and the Struggle for Humanity (Encounter, 2010).
[1] O termo “anti-Israel” não se refere meramente a criticar Israel; quase todo cidadão israelense faz isso numa base diária. Seu uso aqui significa contar uma versão unilateral da história na qual só Israel é culpado pelo sofrimento palestino, tal como condenar frequentemente as medidas de segurança israelenses sem uma discussão séria da violência que os requer.
[2] JOCUM é um movimento popular de jovens evangélicos liderado por evangélicos tradicionais pró-Israel.
[3] “About the Film,” The Stones Cry Out website, filme de Yasmine Perni, acessado em 27 de janeiro de 2014.
[4] Graham Liddell, “New Documentary Challenges Evangelical Bonds with Israel,” Ma’an News Agency (Bethlehem), 30 de outubro de 2013.
[5] “Israeli Jews: The Impossible People at Christ at the Checkpoint,” CAMERA, Boston, 11 de abril de 2012.
[6] Israel's security fence.Muro de segurança de Israel.
[7] “Reflections on Our Trip to Israel,” Just Jay Blog, Universidade Bethel, St. Paul, Minn., 29 de junho de 2010.
[8] Os termos “pentecostal” e “carismático” se referem a dois ramos crescentes e coincidentes do mundo evangélico caracterizados por adoração animada, inclusive falar em línguas e outros “dons do Espírito” bem como uma tendência ao literalismo bíblico.
[9] Jan Markell, “When Social Justice Equals No Justice,” World Net Daily, 19 de outubro de 2012.
[10] Presentation by Abraham's Children, First Presbyterian Church, Wheaton, Ill., 23 de setembro de 2013.
[11] Alexander H. Joffe, “Bad Investment: The Philanthropy of George Soros and the Arab-Israeli Conflict,” NGO Monitor, Jerusalem, Maio 2013, p. 50.
[12] “Our Story,” Telos Group, Washington, D.C., accessado em 27 de janeiro de 2014.
[13] McKay Coppins, “New Evangelical Movement Seeks Split from Pro-Israel Line,” Buzzfeed, 14 de janeiro de 2014.
[14] “Curious what our Learning Labs are all about?” Global Immersion Project, Walnut Creek, Calif., 12 de setembro de 2013.
[15] Sami Awad, “Nonviolent Resistance: Wake up every day and ask yourself what you can do to resist the occupation,” Holy Land Trust, Belém, 23 de janeiro de 2007.
[16] “Travel & Encounter,” Holy Land Trust, Belém, accessado em 6 de fevereiro de 2014.
[17] Frank Schaeffer, “With God on Our Side—Christian Zionism Exposed,” The Huffington Post, 9 de novembro de 2010.
[18] “The Relevant Story,” Relevant (Winter Park, Fla.), accessado em 27 de janeiro de 2014.
[19] Ed Gungor, “Is Israel Always Right?” Relevant, 20 de janeiro de 2009.
[20] Jon Huckins, “How Should Christians Respond to the Middle East Crisis,” Relevant, 19 de novembro de 2012.
[21] Donald Miller, “The Painful Truth about the Situation in Israel,” Storyline Blog, Nov. 2012.
[22] Estatísticas compiladas por Cristãos Unidos por Israel, San Antonio, Fev. 2014.
Traduzido por Julio Severo do artigo do Middle East Forum: The End of Evangelical Support for Israel?
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